Minha trajetória no jiu-jitsu iniciou após alguns amigos me incentivarem à fazer uma aula experimental, definitivamente estava no lugar certo e na hora certa. Comecei a treinar na Gracie Barra e desde a primeira aula recebi muito apoio de todos que estavam ao meu redor, me senti acolhido por uma família que não fazia ideia do tamanho que era.

O tempo passou e fui criando raízes cada vez mais fortes com a arte suave, aprendi que o jiu-jitsu é uma arte marcial democrática, pois não interessa a cor, credo e classe social, no tatame descobrimos a verdadeira essência do que é sermos iguais uns perante aos outros.

Fui sempre persistente e disciplinado para me manter em evolução constante, cheguei a um ponto onde busquei a minha evolução pessoal dentro do jiu-jitsu, buscando as certificações necessárias para ser um instrutor, apesar de na época ainda não ser e de nem ter perspectiva de quando teria a oportunidade de assumir uma turma.

Após ser graduado à faixa marrom surgiu então a responsabilidade, transmitir o conhecimento, junto com isso veio a natural insegurança e medo de frustração, porém, olhei para trás e lembrei que essa sensação faz parte de um processo pois quando comecei a treinar senti isso, quando tive o primeiro e o segundo filho, quando troquei de emprego, então conclui por mim que assim funciona a nossa mente e que através dessa percepção eu posso ir além, posso amparar à quem esteja em meio à esse processo, posso ir além e não ser um mero professor que só passa a técnica e vai embora, esse para mim é apenas o início da minha trajetória, não sei quando será o meio e o fim, isso apenas o tempo vai dizer.

A minha trajetória no jiu-jitsu começou no carnaval de 2012. Quando depois de muito tempo consegui realizar um dos meus sonhos que era fazer uma aula para ver se gostaria da arte suave. Quem me deu essa aula foi o professor Rodrigo Fajardo “Pimpolho”. Que era o dono e professor da antiga Gracie Barra Cabral que hoje é se tornou Gracie Barra Curitiba. Ele me passou três posições: O-soto-gari, Estrangulamento da montada e Arm-lock da montada. Depois desse dia não consegui ficar muito tempo longe do jiu-jitsu.

Continuei meus treinos, nesse período conseguia treinar somente no horário das sete horas da manhã. Pois fazia faculdade no turno da noite e trabalhava durante o dia. Logo as aulas que eram somente nas terças e quitas feiras começaram a ser todos os dias. Com isso podia ir um pouco mais, que as vezes devido algum compromisso com a faculdade ou trabalho não conseguia treinar.

No ano de 2015, estava com a faixa roxa. Comecei a ajudar como instrutor auxiliar nas aulas noturnas na Gracie Cabral.

Nesse período, já tinha acabado a faculdade de contabilidade e podia me dedicar mais aos treinos e me aprofundar teoricamente na arte. Infelizmente no ano de 2016 tive uma lesão na coluna cervical que me levou a uma cirurgia. Fiquei seis meses afastado para poder voltar aos treinos e aulas.

A lesão me fez enxergar o jiu-jitsu de outra forma. Procurar alternativas para o meu corpo poder voltar aos treinos enquanto eu não me readequava aos treinos. Isso me fez procurar mais técnicas e paciência para buscar outras alternativas.

Em 2018 me mudei para as Gracie Barra Mateus Leme e comecei também a ajudar nas aulas das crianças. Com as mudanças que foram ocorrendo até os dias de hoje, fiquei responsável pela aula das crianças e o horário das 19:20. Recentemente abrimos uma turma nova nas terças e quintas feiras as sete e dez da manhã.

Retomei o contato com o jiu-jitsu por intermédio da minha filha, que na época estava para completar 06 anos. Havia me pedido para lutar! Então após muita insistência dela, levei para conhecer e fazer aula na Gracie Barra, escola que tive contato na época da Faculdade.

Ela entrou e treina até hj, estando com quase 13 anos.

Poucos meses após ela entrar, do jeito dela, me convenceu a retomar, voltando em setembro de 2015, não parando mais.

Hoje em 2022, continuamos firmes e focado no objetivo maior.

Desde a faixa azul sou "base/auxiliar" na para os professores e ajudando os alunos, dou aula para crianças desde 2018.

Tenho o objetivo de apresentar e mostrar os benefícios do jiu-jitsu, que vai muito além de uma arte marcial.

Olá eu me chamo Fernando Camargo tenho 38 anos sou faixa preta um grau formado pelo professor Rodrigo Fajardo.

Eu treino jiu-jitsu a 13 anos eu conheci a arte suave por intermédio de um amigo de infância. Ele começou a treinar e sempre que a gente “trocava idéia” ele me falava sobre o que ele tinha aprendido no jiu-jitsu. Aquilo que ele me mostrava começou a me fazer pensar em como era legal a idéia de dominar o oponente sem precisar de chutar ou socar. Fiquei muito interessado e depois de alguns convites desse meu amigo, comecei a treinar "foi um vício a primeira vista e o mais legal um bom vício". Já na faixa branca com pouco mais de dois meses de treino participei de um campeonato regional e fui campeão, foi uma sensação única.

O que mais me chamava atenção era a arte de ensinar, o que mais tarde se transformou em sonho e que hoje é uma realidade. Tenho orgulho em dizer que vivo do jiu-jitsu hoje ministro aulas em duas escolas Gracie Barra.